No século XVII apareceram os Azulejos de Repetição, utilizados na técnica do alicatado ou com padrões que repetidos formavam um desenho mais amplo do que o presente em uma única peça.
A técnica do alicatado é uma herança dos tempos da azulejaria árabe, onde as peças cerâmicas monocromáticas eram posteriormente cortadas e reagrupadas com outras peças de cores diferentes para formar um desenho.
Além do desenho formado pela junção as peças cortadas, havia uma espécie de barra delimitando o trabalho, que servia não apenas como acabamento mas como elemento de integração entre o azulejo e a construção como um todo. As cores predominantes nestes azulejos eram o azul e branco, e o verde e branco.
Os azulejos de padrão são aqueles que se usam até os dias de hoje, com um desenho específico em uma peça, que junta às outras formam um desenho maior, ou um novo desenho com o conjunto dos motivos repetidos.
Era necessário apenas dispo-los um ao lado do outro para formar o desenho planejado, o que diminuia os custos de sua colocação. Por esta razão popularizaram-se, tornando acessível a um maior número de pessoas o uso do revestimento de azulejos.
Os primeiros Azulejos de Padrão portugueses tiveram em seus desenhos decoração maneirista, com influência italiana e flamenga (região da atual Bélgica). Os desenhos destes azulejos eram recriações dos motivos utilizados em pavimentos do Renascimento.
Outra característica da azulejaria do século XVII foi a utilização de gravuras para criar ou recriar paisagens, passagens bíblicas ou mitológicas. Não são apenas um revestimento decorativo, também são uma forma de expressar gostos de uma época.
A moral, a literatura, os gostos artísticos definem as características dos azulejos, principalmente nos painéis.
Fontes:Imagens Google
http://imaginacaoativa.wordpress.com
3 comentários:
Que bonitos...olhando a primeira foto, fiquei aqui pensando que parece um trabalho de marchetaria, onde pequenos pedaços de madeira de diferentes cores também formam desenhos bonitos.
Apesar de achar bonito esse trabalho, eu tenho um trauma. Quando eu era pequena e visitava o túmulo do meu avó, no cemitério, no interior de SP tinha muitas lápides dessa forma. Ai eu acabei associando que azulejos dessa forma, são túmulos rs... e me lembra morte.
Doida eu né?
Kisu!
Bru e Qüi, é muito bom vir aquí e aprender essas coisas que vocês descrevem com bastante simplicidade e graça. Adorei essa explanação sobre os azulejos. Sempre olhei para eles como uma arte e é mesmo. Fiquei viciado em vir aquí. Quando passo correndo pelos blogs, "marcar o ponto" aquí é uma certeza. Beijos esclarecedores. Manoel.
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