A Romênia é o lar tradicional da lenda do vampiro, pois incorpora a província da Transilvânia, onde a mais famosa das histórias de vampiro, Drácula, acontece. Imagens de castelos arruinados e locais de rochedos imponentes envolvidos na neblina do Leste Europeu; floresta negras e profundas cheias de lobos e todos tipos de horrores inesperados, ou nobres magiares amortalhados, deslizando pela escuridão, há muito dominaram as crenças tradicionais sobre o vampiro. De fato, é difícil pensar na lenda do vampiro sem associar a nobreza romena.
A idéia do retorno dos mortos no folclore romeno é forte. Os que tiveram vidas de malefícios ou cometeram pecados negros, como feitiçaria, não eram admitidos no Paraíso, mas condenados a vagar pelo mundo eternamente e, durante suas vidas, poderiam estar, de forma semelhante amaldiçoados. Por exemplo, aqueles que praticavam as artes negras secretamente poderiam ficar sujeitos a desejos não naturais, entre eles o anseio por sangue, geralmente, de animal. Esses são os moroii, ou moroaica, bruxas e feiticeiros da Romênia rural que , muitas vezes sobreviviam de sangue. Apesar de serem classificados como “vampiros vivos”, o termo habitualmente é usado com o sentido de bruxa ou feiticeiro, do tipo mais negro, uma pessoa que deliberadamente vendeu sua alma ao Cujo, em troca do poder mundano e influência, geralmente no nível local. São de modo especial fáceis de localizar, porque os homens são excepcionalmente pálidos, quase sem cabelos. O papel de vampiro, interpretado por Maximillian Schreck, no filme Nosferatu, de F. W. Murnau, de 1922, pode ser apontado como o mais próximo com base no moroii romeno. As mulheres moroii, pelo contrário, têm rostos extremamente corados, lábios cheios, vermelhos. Existe a crença difundida de que os moroii podem assumir qualquer forma animal que escolherem, pássaro ou mariposa sendo os mais comuns; nessas formas podem viajar por toda zona rural, prejudicando todos de quem se avizinhem. Eles também têm o poder de mandar seus espíritos para fora, de forma invisível enquanto seus corpos dormem, a fim de criar injúrias, desastres na região, espalhar doenças e atacar pessoas que dormem.
Todos os tipos de pessoas poderiam se tornar moroii a partir de causas muito singelas: os que negligenciassem a missa, roubassem, mentissem e praticassem feitiçaria. Os que sentiam desejo pelas esposas dos vizinhos e os filhos ilegítimos de sacerdotes eram especialmente suscetíveis. Entre outros milhares de motivos. Pelo fato de estarem vivos- e, para todos os fins e propósitos, serem humanos-, tais moroii poderiam morrer de causas naturais ou ser mortos. Isso os transformaria em strigoii, uma criatura pior ainda e mais mortal.
A lenda do vampiro é extremamente detalhada e complexa, então prometemos mais posts futuros com mais informações, como dos strigoii por exemplo, além que esta lenda não é encontrada apenas na Romênia mas também em outros países e com outros nomes e características.
Este trecho de texto foi retirado do livro:
CURRAN, Bob. Vampiros: Um Guia Sobre Criaturas que Espreitam a Noite. Madras: São Paulo, 2008.
Livro recomendado a quem se interessa pela lenda, ele discorre de país a país as lendas vampirescas.
Miquilissssss
Um comentário:
Eu particulamente gosto muito dessas histórias sobre vampiros...
Alias diga-se de passagem eu jogo RPG, e acho que é por isso eu viajo muito nas idéias rsrs
[]'s
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