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quinta-feira, 23 de abril de 2009








BREVE HISTÓRIA DE SAN MARINO

Na República de San Marino o culto do Santo, ao qual a lenda atribui o mérito da fundação da República, é difuso e muito vivo.


E é exatamente a lenda que nos transmite a figura deste britador que veio da cidade de Arbe, na Dalmacia, e subiu o Monte Titano para fundar uma pequena comunidade de cristãos perseguidos por causa da sua fé pelo Imperador Diocleciano. Contudo, sabe-se que a zona foi habitada na pré-história, mas é só a partir da Idade Média que temos noticias certas sobre a existência de um Cenóbio, de uma igreja rural, um Castelo, ou seja elementos que convergem sobre o fado que no cume do Monte Titano havia uma comunidade organizada.

Enquanto a autoridade do Império se ia abrandando e quando ainda não se tinha imposto o poder temporal do Papado, emergiu, aqui como em outras cidades de Itália, a vontade dos cidadãos de se darem uma forma de governo. Eis a Comuna. E enquanto todas as cidades italianas dedicavam a sua liberdade a um Santo, a pequena comunidade do Monte Titano, lembrando a figura lendária do britador Marino, chamou-se "Terra de San Marino", depois "Comuna de San Marino" e enfim "República de San Marino". São estas as origens do corpo social que entregou o seu autogoverno a uma assembléia de chefes de família à qual se deu o nome de "Arengo", presidido por um Reitor. A esta assembléia, no culto da paz e da concórdia, deve-se a definição das primeiras leis, os Estatutos, inspirados em princípios democráticos.

Enquanto o corpo social crescia, para compartilhar a responsabilidade do executivo, junto ao Reitor nomeou-se um Capitão Defensor. Todavia, foi só em 1243 que se nomearam os dois primeiros Cônsules, ou seja os Capitães Regentes, que se sucederam ao poder cada seis meses sem interrupções até aos nossos dias, confirmando a validade e a eficácia das instituições, sobretudo a dos Capitães Regentes.
É graças à sabedoria que inspirou a antiga Comuna de San Marino que o corpo social soube encarar situações perigosas e consolidar a sua autonomia.

Os acontecimentos foram complexos e difíceis, e os resultados foram às vezes incertos, mas o amor da liberdade contribuiu a preservar o patrimônio da autonomia de que gozada a Comuna. Foram significativas as contendas entre os Bispos de Montefeltro que exigiam impostos, mas no fim os cidadãos de San Marino prevaleceram e conseguiram a emancipação política e administrativa. Os cidadãos de San Marino não foram imbeles, mas sim defenderam as muralhas da sua cidade com as suas lendárias bestas e participaram nas lutas ao lado de Montefeltro e de Urbino, partidários do partido gibelino.

Na Idade Média, o território de San Marino estendia-se a breve distancia do Monte Titano e ficou assim até 1463, quando entrou na aliança contra Sigismondo Pandolfo Malatesta, Senhor de Rimini. A guerra foi vitoriosa e a San Marino, para recompensara sua participação na guerra, o Papa Pio 11 Piccolomini atribuiu- lhe os Castelos de Fiorentino, Montegiardino e Serravalle. O Castelo de Faetano entrou a formar parte do território de San Marino por decisão espontânea. A partir de 1463, o território ficou sem variações.


A República de San Marino foi ocupada militarmente duas vezes, mas só durante poucos meses, em 1503 por Cesare Borgia "II Valentino" e em 1739 pelo Cardinal Giulio Alberoni, De Borgia pôde livrar-se graças à morte do tirano. Do Cardeal Alberoni soube livrar-se graças a desobediência civil perante a injustiça e enviando clandestinamente mensagens para obter justiça ao Sumo Pontífice, o qual reconheceu o direito de San Marino e restabeleceu a sua independência.

Em 1797, Napoleão ofereceu a extensão do território, presentes e amizade à República de San Marino. Os cidadãos agradeceram pela honra das dádivas, porém rejeitaram com instintiva sabedoria o alargamento territorial "satisfeitos com as suas fronteiras". Em 1861, Lincoln demonstrou a sua simpatia e amizade para com San Marino escrevendo, entre outras coisas, aos Capitães Regentes " ... Embora o Vosso Domínio seja pequeno, o Vosso Estado é um dos mais honrados de toda a história... ".

San Marino ostenta uma tradição de hospitalidade excepcional em todas as épocas. De fato, nesta terra de liberdade nunca se recusou o direito de asilo e a ajuda aos perseguidos pela má sorte e pela tirania, quaisquer fossem as suas idéias e as suas condições. Indicaremos dois exemplos, entre os muitos que se poderiam citar: Giuseppe Garibaldi, em 1849, circundado por três exercites depois da queda da República Romana, foi hospedado e encontrou uma salvação inesperada. Durante a última guerra, San Marino hospedou mais de 1 00.000 refugiados.


Hoje em dia a República de San Marino, independente, democrática e neutral, continua a viver fiel às suas antigas tradições e cada vez mais sensível às exigências do progresso.

Fonte:http://www.geocities.com/infosanmarino/BREVEHISTORIA.html



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